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Estrutura
hierárquica concentual da aula
Introdução A fase de armação
das estruturas, também chamada de colocação das ferragens
ou armaduras é uma das mais importantes de uma obra e para a qual
a atenção do engenheiro deve voltar-se nos seus mínimos
detalhes. Acrescente-se, ainda, que é nesta etapa da obra, preliminar
a concretagem, que se deve providenciar a colocação dos
chamados embutidos, como por exemplo: tubulações de água
(prumadas), eletrodutos e caixas nas lajes e passagens nas vigas etc.
Nem todo tipo de obra exige um projeto estrutural, ficando a cargo do
engenheiro da obra a tarefa de fazer o dimensionamento dos elementos estruturais.
Em obras simples, essa tarefa pode ficar por conta do mestre ou de um
oficial experiente (sempre com a supervisão de um engenheiro).
O ideal em termos de trabalho de equipe, seria que o próprio calculista
realizasse algumas visitas à obra para verificar e acompanhar a
execução do projeto, para então discutir e promover,
em conjunto com o engenheiro de obras as modificações necessárias
e possíveis. |
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Definições
de projetos e previsão de perdas Os projetos estruturais
são bem detalhados no que diz respeito às armaduras. Todo
o projeto apresenta quadros que mostram a posição, a quantidade,
diâmetro, comprimento e detalhes de dobragem, além de quadros
com resumo por bitola, levando ou não em consideração
as perdas que ocorrem na obra. Embora tabelas de composição
de preços indiquem para efeito de orçamento uma perda provável
de 15%, nos levantamentos mais recentes foram apontadas perdas por diversos
fatores na ordem de 10% em média (obras razoavelmente controladas).
Em obras pouco controladas as perdas podem chegar até em 30%, pois
além dos desperdícios normais de obra ainda ocorrem perdas
por roubo, retrabalhos etc. Para efeito de execução de obras
pode-se admitir até 5% de perdas em armaduras onde predominem aços
com diâmetro menor ou igual a 10 mm (3/8").
Veja no quadro 1 um controle prático bastante usual em obras que considera o peso total de armadura consumida e o volume de concreto. |
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Detalhes de projeto A maioria dos projetistas de estruturas utiliza programas de computador bastante completos, que fornecem os detalhes imprescindíveis para a execução da estrutura e outros detalhes que facilitam em muito o trabalho de montagem das armaduras. No caso da tabela de ferros mostrada no quadro 1 ao lado, pode-se ver que foram consideradas as reduções devidas aos dobramentos das barras, o que dispensa o armador de ter de fazer o desconto da dobragem. Veja também no quadro 2, uma tabela de reumo de aços imprescindível nos projetos. |
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Pocedimentos preliminares
a execução das armaduras Aquisição
do aço Antes de qualquer
coisa, o engenheiro da obra deve procurar conhecer os detalhes do projeto
estrutural e das instalações, fazer uma revisão de
todos os elementos de concreto e principalmente, conferir a ferragem.
Em geral, o calculista fornece um quadro resumo anexado no projeto. No
entanto o projetista não é infalível e é recomendado
fazer essa verificação, antes de processar o pedido de compra
do material. Por ocasião da compra o engenheiro deve estar atento
nos seguintes detalhes:
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Fiscalização
na entrega do material Para receber o material
na obra, é necessário planejar o local de armazenagem das
barras de aço, levando em consideração o seu peso
e dimensões. O local deve suportar o material sem riscos para as
demais instalações, serviços já executados
e para os vizinhos. Verificar as condições dos acessos,
se a carreta e os equipamentos de descarga conseguem manobrar para descarregar
as barras no local desejado, se haverá necessidade de sinalização
e/ou interdição temporária da via pública
ou de acessos de particulares vizinhos. Em obras localizadas nas regiões
centrais, com freqüência é recomendado solicitar que
a entrega do material fique para um fim de semana, evitando assim maiores
transtornos. O responsável pela obra deve fiscalizar os seguintes
pontos:
Nas obras de médio e grande porte recomenda-se retirar amostras para testes em laboratório de acordo com as normas vigentes (NBR 6152 e NBR 6153) para ensaios de tração e dobramento. A amostra será de dois pedaços de 2,20 m de cada bitola, desprezando-se os 20 cm das pontas de cada barra. Em nenhuma hipótese aceitar barras de aço (CA 50 e CA 60) já dobradas, seja no transporte como no armazenamento. Nos casos de grandes fornecedores é cada vez mais comum a entrega de aço já com certificado de qualidade que atesta que o produto foi testado nos laboratórios da própria fornecedora ou de certificadora conveniada. No quadro 1 é mostrado um exemplo de certificado de qualidade que acompanha a nota fiscal de entrega do material. |
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Preparação
da área de corte, dobramento e montagem Reservar (prever) um local adequado no canteiro de obras para instalar as bancadas de corte, dobra e montagem das armaduras. Na execução de edifícios é comum utilizar o subsolo ou térreo para instalar essas bancadas. A bancada de corte deve ter comprimento suficiente para se trabalhar com barras de 12 metros e caso não seja possível, pode-se instalar o equipamento de corte (policorte ou tesoura) no próprio local de armazenagem das barras. Essas bancadas devem ser feitas de pranchões de madeira firmemente fixados ao solo ou ao contrapiso por meio de cavaletes. Os pinos de dobra devem ter diâmetro entre 3 e 6 vezes o diâmetro da barra a ser dobrada. A montagem pode ser executada em bancadas secundárias feitas de cavaletes de madeira ou de restos de barras de aço. O local de trabalho das armaduras deve ficar próximo do local de armazenagem e preferencialmente cobertos de forma a abrigar os armadores e os equipamentos das intempéries. |
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Contratação
da mão-de-obra para os trabalhos de armação Os trabalhos de corte,
dobra e montagem das armaduras deve ser feita por pessoal habilitado sempre
com a supervisão de um encarregado de armação. Na
maioria das vezes utiliza-se mão-de-obra contratada (própria),
constituída de armadores e ajudantes de armação,
podendo em outros casos contratar empreiteiros para executar os trabalhos
de armação. Nos centros maiores já é possível
terceirizar totalmente as armaduras contratando empresas especializadas
em fornecimento de armaduras prontas. |
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Aços para a
Construção Civil Tipos de aços Os aços utilizados na construção civil são classificados de acordo com suas características mecânicas (tensão de escoamento) e conforme o processo de fabricação - laminação a quente, encruamento por deformação a frio ou trefilação fio-máquina. No quadro a seguir são mostrados os tipos de aços mais comuns utilizados na confecção de peças em concreto armado. |
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Marcas de identificação De acordo com a norma NBR 7480/96, as barras de aço, seja de que tipo for, com diâmetro igual ou superior a 10 mm deverão apresentar marcas de laminação em relevo (de identificação) com a marca do fabricante, a categoria e o diâmetro, conforme mostra a figura 1. Nos aços em barras de diâmetro menos que 10 mm a identificação poderá ser feita com a pintura de uma das pontas em cores padronizadas. |
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Características físicas e mecânicas dos aços da CC Nos quadros a seguir são apresentados os aços usados na construção civil com suas características físicas e mecânicas, bem como o diâmetro mínimo dos pinos para dobragem dos aços. Em geral, os fabricantes fornecem aços nas categorias: CA-50, com superfície nervurada (a Gerdal especifica o GG-50; a Belgo Mineira especifica Belgo 50) e CA-25 com superfície lisa. No caso dos aços CA-50 de boa qualidade pode-se fazer emendas com solda a topo (para diâmetros de 10 a 40 mm). Há também, por parte dos fabricantes com certificados de qualidade, a preocupação em fornecer barras de comprimentos definidos com rigoroso controle dos diâmetros, o que possibilita reduzir as perdas por transpasse nas emendas, sobra de pontas no corte e por desbitolamento. Os aços da categoria CA-50 (quadro 1)são indicados para ferragem longitudinal de vigas, pilares, estacas e blocos. Os ferros em CA-25 (quadro 2) são admitidos em elementos de fundações - estacas brocas e baldrames Os aços da categoria CA-60 (quadro 3) admitem emendas soldáveis, dobragem e alta resistência. Vergalhões de aço CA-60 são indicados para a produção de vigotas de lajes pré-fabricadas, treliças, armações para tubos, pré-moldados, armações em lajes e estribos. Os arames de aço recozido são obtidos por trefilação de fio-máquina, com posterior recozimento em fornos de tratamento térmico com temperaturas e tempo controlados. Possuem elevado grau de ductibilidade e alta resistência à tração. Suas características garantem sua utilização em operações que exigem dobras e torções, como as amarrações de armaduras para concreto, embalagens de feixes, fardos, etc. São fornecidos em rolos de 1Kg, 35Kg e 60Kg. |
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Execução
da armadura Corte dos ferros
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Dobra
dos ferros
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Depois de cortadas e dobradas as barras soltas podem ser imediatamente montadas ou amarradas em feixes, chamados kits de armaduras para serem transportadas para a obra, quando montadas em central ou do local de corte e dobra (térreo) para o local de aplicação (pavimento). Cada kit deve conter a armadura de um pilar ou viga ou parte da armadura de laje. Os kits devem receber identificação conforme o projeto estrutural por meio de etiquetas (plaquetas) a fim de evitar erros de montagem. A armazenagem deve ser feita em local livre de passagem de equipamentos e preferencialmente colocados sobre berços de madeira. Para transportar usar guincho (grua) com os devidos cuidados de manuseio. |
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Amarração
dos ferros
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Emendas nos aços As emendas devem ser
evitadas pois quase sempre acrescentam custos e podem a vir a comprometer
a segurança. No entanto, caso seja necessário usar emendas
é recomendável consultar profissional qualificado.
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Montagem das armaduras Após a amarração
das barras constituindo as armaduras ou parte delas (dependendo das dimensões
e peso) os conjuntos podem ser levados para as fôrmas para a montagem
final. No caso de armaduras de pilares e vigas recomenda-se colocar a
armadura na fôrma com pelo menos uma das faces (fundo) já
com as pastilhas (espaçadores) devido a dificuldade em colocar
as pastilhas depois da armadura estar na fôrma. A seguir uma pequena
listagem de itens e cuidados na montagem das armaduras:
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Telas soldadas Telas soldadas são
armaduras de aço prontas para ser utilizadas nas obras, dispensando
a amarração dos nós com arame recozido, reduzindo
com isso a mão-de-obra significativamente (até 75%, segundo
um dos fabricantes). Podem vir em rolos com largura de 2,45 m e comprimento
de 60 a 120 m ou em painéis de 4 x 6 metros. Pode-se cortar as
pontas das telas para formar cruzetas de ancoragem. A norma técnica
estabelece limites para os transpasses. |
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